sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Será?

Sou mãe de um garoto com aproximadamente 10 anos.
Um garoto, como sempre sonhei.
Hummm... ele vai jogar todo o futebol que não joguei; ele vai nadar todas as piscinas que não nadei; vai adorar as cortadas de vôlei que não gostei; vai arremessar todas as cestas...
ele vai... ele vai... Será?
Com 4 anos o matriculei em uma escolinha de futebol. De lá, fui direto ao shopping, comprei a melhor bola, a chuteira mais descolada e imaginei o dia em que ganharia uma casa com o dinheiro dos gols mais bonitos.
Até parece!
Mas para uma viciada em esportes, e mãe, não vejo problema em investir nisso. Relutei com outras coisas, mas o esporte...
O primeiro videogame veio agora, quando ele já tinha desistido de pedir.
Já os uniformes, as bolas, as cestas... Até boxe eu tentei!
E assim fomos ao primeiro dia de aula. O Pablo sempre foi grande, não tinha problemas com os outros colegas bem mais velhos. Mas o futebol, zero.
E a mãe: arquibancada do ginásio, gritando como uma louca e vendo o sonho dos gols ir para o ralo.
Foi o suficiente. Em minha primeira tentativa, decidi deixar de lado essa pressão. Vou continuar com meu vício e ele pode gostar de esportes, ou não.
Dos 4 para os 9, não toquei no assunto. Até que um dia: mãe, quero fazer basquete.
NOSSA! Basquete! Claro! Vamos!
Depois da matrícula, tênis novo, bola, treinamento antes das aulas. Tem que saber driblar, correr, ter resistência.
Primeiro dia de aula. Vou me controlar, nada de interferências, nem imaginar o garoto jogador da NBA.
Aí, que difícil!
Mas será que tudo isso é só uma tentativa de viver com ele o que não vivi em minha infância?
Acho que não. O esporte, seja qual for a modalidade, te faz explodir!
Emoção e tristeza, alegria e raiva.
Sentimentos movidos por conquista, vitória, derrota, e muita, muita inteligência.
E tudo isso com o seu filho em quadra fica completamente irracional!
Mas não tem novidade alguma até aqui.
Não sou a primeira mãe louca por esportes, não sou a primeira mãe louca por seu filho.
Será?

PS.: outro dia vi o Pablo jogando futebol. Descobri que ele joga bem. Aprendeu com os primos, sem a pressão da mãe.