quarta-feira, 23 de março de 2011

Mulher e esporte: ainda é um problema.

Esse título pode induzir o leitor a desistir de primeira. Que problema? As mulheres estão em todos os lugares e esportes! Tem jogadora de futebol que é a melhor do mundo sempre; tem programa de debate só com comentaristas mulheres; tem até jogo de futebol americano com as moças de lingerie! Mas pra você que continuou depois dessas poucas linhas, vou falar da prática. A minha prática.

Antes, vale a piada: até quando não é a primeira pessoa no esporte, a mulher está lá, envolta em escândalos, namoros, filhos, divórcios e outros assuntos.

Bem, o fato é que passei da fase clichê sobre mulheres e futebol. O modismo fez com que elas soubessem o significado de um impedimento. Mais que isso, atraídas por seus companheiros machos, as mulheres descobriram prazer com o futebol, mesmo que estejamos falando do prazer visual que alguns atletas proporcionam. Mas não é só. Que fique claro que o ato de jogar futebol também gera satisfação para as mulheres tanto quanto para os homens. E nem precisamos comemorar com coraçõezinhos. Isso não foi uma criação feminina (eu acho)!

Passado o momento torcedora e jogadora, temos o momento comentarista (e ainda estou falando apenas do futebol). Imagina se alguma mulher entende de análise tática? E ficar horas avaliando jogadas e posicionamentos? Coisas de homem. As mulheres fazem! Passei dessa fase também.

Qual o problema então? Esporte. Estou falando do momento em que você descobre que toda a sua motivação não está unicamente relacionada ao futebol (ou outra modalidade de forma isolada). Estou falando da adrenalida provocada pela competição. Estou falando em vício. E ainda estou falando de mulheres.

Aí começam os problemas. Você até tenta preferir o passeio com o namorado ao invés de assistir àquela partida importantíssima de basquete do NBB (mesmo que o seu time do coração não esteja jogando). E então tem a NBA, NFL, Champions, Campeonato Brasileiro e de tantos outros países... Mas esse ainda não é o motivo do texto. Sobre a problemática entre escolher compromissos sociais ou o esporte, já falei anteriormente.

A dificuldade enfretada por minha figura feminina é a possibilidade ou não de externalizar a energia esportiva em algo prático. Agora, com meus 29 anos completos e decidida a viver o esporte além da tela da telivisão ou computador, não consigo encontrar modalidades preparadas para atender ao meu perfil. Se eu quero futebol (e eu não quero), tenho que agir/jogar por conta própria; se quero basquete (e isso é o que quero), tenho que me aventurar didaticamente sozinha ou assumir as brincadeiras de sábado com o filhote. Tudo bem, sei que não são todas as modalidades. As mulheres não encontram dificuldades para a natação ou mesmo o vôlei, a corrida... Estamos falando da essência masculina, de esportes culturalmente voltados para os homens.

Depois de várias tentativas, descobri que, em Brasília (que possui um time campeão do NBB), jogar/praticar/aprender basquete feminino é atividade para até os 18 anos completos. Acima dessa idade você precisa procurar uma academia, yoga, hidroginástica, coisas mais apropriadas para a sua geração. O que quer uma mulher, mãe, correndo de um lado para o outro, driblando a bola, arremessando. Não combina, não é apropriado.

É, gostar de esportes vai além do conhecimento sobre a marcação de um penalti e vai além do programa de domingo. Faz você pensar em questões sociais, culturais e políticas para justificar o entrave que é praticar uma modalidade intermediária. Longe do prazer puro e simple, entre a competição profissional e o amadorismo, buscando experimentar o aprendizado, mesmo que seus 18 anos já tenham passado há uma década (ou mais). Mas o esporte não tem idade, não tem sexo. Basta querer e mudar o mundo, o seu mundo.

terça-feira, 1 de março de 2011

O sonho e a esperança

Há algum tempo não tenho conseguido assistir aos telejornais. Nada de mais, apenas uma rotina um pouco cruel que se consome com trabalho, internet e atividades domésticas (sim, isso persegue as mulheres). Televisão, só programada com antecedência.
A internet supre as informações da "sociedade".
É com a ajuda dela, internet, que tenho acompanhado (e escolhido) os vários textos sobre o Clube dos 13, a Globo e a transmissão do campeonato brasileiro.
Tanta informação que chega a ser chato continuar as leituras depois do terceiro dia.
Mas, por outro lado, é interessante ver as várias opiniões de acordo com a origem de quem escreve.
Por exemplo: quando o Andrés Sanches ensaiou a retirada do Corinthians, e alguns assim noticiaram, a Globo já afirmava em manchete "Corinthians saiu".
Apenas pequenas sutilezas deixadas entre as linhas, propositalmente ou não (ingenuidade a minha).
O fato é que, sem grandes avaliações, eu, expectadora, apenas desejava presenciar um momento histórico para o futebol brasileiro: a derrota da Rede Globo.
Podemos até afirmar que a emissora já sofreu derrotas anteriores, algo relacionado ao cenário político. Mas isso não tira o desejo de ver uma partida do campeonato nacional ser transmitida antes do final da novela chata.
Não, não é só a derrota da Globo. É a minha vitória também. Preciso dormir cedo (como se eu tivesse esse direito).
Parei de ler. Vou esperar o resultado da licitação.
Não deveria esperar, já que o desenho global está se formando aos poucos. As mudanças não devem acontecer no plano televisivo de quarta e domingo.
Mas "o sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao ser humano".
Achei essa frase na internet.
Frederico I.
No wikipédia dizem que ele, o Barba-Ruiva, conseguiu impor sua autoridade sobre o papado e assegurou a influência alemã na Europa ocidental.
Quando li isso, só conseguir me concentrar nas palavras "impor", "autoridade" e "influência".