quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um só não, vamos todos!

Nesse mês de setembro de 2012 um tradicional colégio de Brasília completou 50 anos e organizou um Festival de Basquete para crianças entre 10 e 12 anos. A proposta da escola (Marista) e dos times convidados era de interação entre os alunos, familiares, professores e o basquete. Sem placar, com jogos rápidos, muitos jogos, todos contra todos.



Acompanhei meu filho Pablo e a Escola do Guilherme Giovannoni - GG12, mas os momentos foram muito além da tietagem da prole. Vidrei e muito com os filhos dos outros! Muitos times de Brasília, das Cidades Satélites, para ser mais exata. Conheci o CID - Centro de Iniciação Desportiva através dos times CID Taguatinga, CID Riacho Fundo e CID Varjão. Todas essas cidades são carentes de incentivos públicos em geral e o basquete não é o esporte mais popular do país, o que encanta em ver tantos meninos jogando com vontade e apresentando bons fundamentos em quadra. Escolas do Chile também participaram, como o Colégio Melipilla e o San Sebastian. A interação entre os basqueteiros era perfeita, com os alunos do Marista recebendo os chilenos em suas casas.





O basquete apresentado por esses meninos era tão lindo quanto a beleza de um Ginásio em plena atividade, lotato, jogos simultâneos, só basquete, respirando basquete. Logo percebíamos alguns talentos como o Benjamin do San Sebastian, forte e habilidoso e o João do La Salle, com domínio incrível da bola e muita velocidade. De alguns, recordo apenas o número da camisa, como o 7 do Marista. Falha minha, deveria guardar todos esses nomes.




Falando um pouco do time da GG12, vi na prática a ação extremamente positiva que tempo de quadra e experiêcia são capazes de fazer com esses garotos. Os meninos treinam duas vezes por semana, menos que alguns times presentes no Festival. O primeiro jogo foi um pouco zonzo, como alguém que tenta entender o que está acontecendo e como foi parar ali. Mas depois, pouco depois, eles já estava a mil por hora. A evolução entre uma manhã e uma tarde foi impressionante. Vontade, conhecimento do colega, do corpo, da velocidade, da força nos passes e principalmente da marcação. Eles tiveram uma sensacional aula de basquete na prática, em quadra, com adversários que viravam ídolos ao final de cada partida.




A lembrança desses três dias é motivadora e muito, muito otimista. Diante de tantas crianças apaixonadas por basquete, determinadas e felizes com a modalidade que escolheram, não há como não imaginar o futuro delas no esporte. Estamos diante sim de grandes talentos, de futuros professores, de futuros atletas. E com a peneira profissional, que costuma ser cruel com alguns, se apenas um menino ou menina (elas estavam em quadra também) se destacar nacionalmente e internacionalmente no basquete, não será ele só, se apresentando para o mundo, mas todos nós que estávamos presentes, admirando o que o esporte é capaz de fazer com o nosso futuro.